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Acordo do MPF obriga médica a pagar R$ 720 mil por fraude em cotas
Indenização será destinada a bolsas para cotistas da UniRio
Radioagência Nacional - Por João Barbosa - Estagiário da Rádio Nacional*
Publicado em 03/12/2025 17:09
Ceará
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) firmou um acordo civil com a médica Mariana Barbosa Lobo, acusada de fraudar o sistema de cotas raciais para ingressar na UniRio, a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Pelo crime cometido, Mariana vai desembolsar R$ 720 mil como indenização à universidade, além de frequentar e concluir o curso de letramento racial da UniRio.

O pagamento em cem parcelas de R$ 7,2 mil a partir de janeiro do ano que vem será revertido ao financiamento de bolsas para estudantes que ingressaram regularmente pelo sistema de cotas. O caso aconteceu em 2018, quando Mariana, que é uma mulher branca, se autodeclarou negra para se beneficiar das cotas e ingressar no curso de medicina. À época, a autodeclaração era o único critério para se beneficiar do sistema.

Três anos depois, o caso ganhou fama e foi parar nos tribunais. Após determinação da justiça, Mariana conseguiu se manter na universidade até concluir a sua formação em fevereiro do ano passado. Toda a polêmica do caso fez a faculdade criar em 2021 uma banca de heteroidentificação que avalia critérios para a adesão de novos estudantes às cotas raciais.

Segundo o MPF, foram iniciadas tratativas com outros 14 possíveis fraudadores do sistema de cotas, mas até o momento apenas um acordo foi firmado.

*Sob supervisão de Vitória Elizabeth. 

Fonte: Radioagência Nacional
Esta notícia foi publicada respeitando as políticas de reprodução da Radioagência Nacional.
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